Não tenho o costume de escrever diretamente no Blog. Pra ser bem sincera, é mais que notório que este daqui anda mais que abandonado. Contudo, ainda estou aqui, ainda estou viva e agora, neste exato momento, estou tendo um daqueles 'surtos' de escrita. É quando a gente tem algo meio que entalado dentro de nós e não tem como parar e falar com ninguém ou alguém que não seja você mesmo.
Bem, esta noite não é das melhores, mas já tive piores também. Sempre fui muito profunda com tudo que envolve pessoas, principalmente com aquelas que eu amo ou aprendi amar de certa forma, independente de qual forma seja. Sempre me importei demais com as pessoas, com os sentimentos, com os pensamentos, sempre me pego parando e pensando o que pode ser bom pra fulano ou ciclano. Muitas vezes quando quero gastar meu dinheiro me pego pensando em dar um presente pra alguém. Isso é sério, nem sei bem o que comprar pra mim. hsuahsu. Acho que me sinto realizada toda vez que posso fazer parte do sorriso de alguma pessoa.
Acredito que deve ser por este motivo que amo tanto crianças. Elas sempre procuram alguma forma de agradar, e o melhor, elas são verdadeiras quando o fazem. Bem, muitas pessoas me criticam, na realidade até eu mesma vivo fazendo isso, me critico o tempo todo por pensar tanto nas pessoas, por me importar tanto tanto tanto com elas. Por me atingir se alguma delas se entristecer e mais ainda se eu causar ou for motivo de algum sentimento ruim como ódio, raiva e a própria dor.Se existe algo que me atinge ao fundo, é não estar bem com alguém e mais profundamente ainda, se este alguém for amado por mim.
Posso parecer muito dura, na realidade me pego tornando cada dia mais assim. Tipo, a gente vai tendo experiências na vida, vai tomando tanto na cara que acaba por vestir uma armadura feita do minério mais resistente que possa estar ao nosso alcance. É exatamente isso que faço, vou tentando não deixar chegarem perto. É a minha forma de defesa. Mas o problema todo vem quando eu penso que posso sair da armadura... Aff.... é pra tiro na certa, daqueles que você toma, cai, respira, chora, ergue entra na armadura de novo até resolver sair se iludindo achando que vai ser diferente na próxima.
Bem, a questão é que a armadura é útil ,por muitas vezes ao extremo bem vinda, é também agradável, te faz parecer forte, corajosa (o), invencível, você se sente orgulhoso de si como se nada pudesse o atingir.Todavia é apenas uma roupa, não é você. Diante de todos você é forte mais que o suficiente, é inatingível e sem sentimentos, contudo, você sabe do que eu estou falando, você sabe que você não é assim. Eu não sou assim. Você sente, eu também sinto, você se chateia e fala que não está nem aí, eu faço a mesma coisa. Você
fala sem pensar , você afasta mesmo querendo perto... bem eu faço tudo isso. Tudo isso eu faço porque eu tento controlar o Eu que sente demais, que parece uma garota boba, que de tão boa chega a ser besta, o Eu que apesar de exagerado, ao menos é verdadeiro. Ele não é uma capa, não é uma armadura, não é um faz de conta. É aquela parte boa de mim que está morrendo de medo de sumir.
No fim de tudo isso, de todo esse dilema sem um resultado específico. Eu só não posso deixar que o orgulho da minha armadura seja maior que a minha capacidade de amar. E acreditar que se eu não me conformar, não aceitar que tudo vire comum, tudo vai dar certo no final
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